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Inspetoria de São Paulo celebra 150 anos no Santuário de Aparecida

A Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP), de São Paulo, celebrou no dia 5 de agosto, os 150 anos de fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, no Santuário Nacional de Aparecida.

A missa, que contou com a participação de Irmãs residentes no Estado de São Paulo, membros das comunidades educativas, estudantes, ex-alunas/os, representantes da Família Salesiana, foi presidida por Dom Hilário Moser sdb, bispo emérito de Tubarão (SC), e concelebrada por Dom Fernando Legal sdb, bispo emérito de São Miguel Paulista (SP). Também participaram outros Salesianos de Dom Bosco, entre eles, Padre Justo Ernesto Piccinini, Inspetor da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora, de São Paulo.

O Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora celebrou o seu Jubileu nas 97 nações onde está presente, com momentos bastante variados e criativos. No entanto, o que predominou foi a Celebração Eucarística, definida como a “Celebração do Sim”, na qual muitas das Irmãs Salesianas puderam renovar sua Profissão religiosa diante da comunidade eclesial reunida.

A escolha da BAP pelo Santuário Nacional de Aparecida, um dos maiores Santuários da América Latina e centro propulsor da espiritualidade mariana – foi bem motivada. Além da “feliz coincidência” do nome, tanto a BAP quanto o Santuário têm como padroeira Nossa Senhora Aparecida, o Santuário está situado na região onde, em 16 de março de 1892, chegaram as primeiras Missionárias para dar vida ao “espírito de Mornese” em terras brasileiras. Portanto, o Jubileu de fundação do Instituto também foi oportunidade para celebrar os 130 anos de presença das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil.

Alguns momentos marcaram profundamente a Celebração do dia 5 de agosto: a procissão de entrada teve como protagonista a imagem da Virgem Aparecida que, em seguida, foi colocada no altar central entre os quadros de Dom Bosco e de Madre Mazzarello. Da procissão de entrada também participaram a Inspetora, Ir. Alaíde Deretti, as Conselheiras inspetoriais presentes e outras Irmãs representando as demais FMA da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida.

Após a homilia de Dom Hilário Moser, as FMA renovaram sua Profissão religiosa diante do povo de Deus presente no Santuário. A renovação da Profissão encontrou eco nas palavras do presidente da Celebração. De fato, Dom Hilário – em sua homilia – disse que celebrar os 150 anos do Instituto é fazer memória da “história de salvação da juventude”. O Instituto teve origens muito humildes, mas «que, graças ao espírito missionário […], hoje é frondosa árvore que estende seus ramos pelo mundo… enfim, é toda essa “história de salvação” que hoje nos reúne na Casa da Mãe Aparecida para colocar sobre o altar da Eucaristia nosso coração agradecido».

O bispo emérito também destacou a presença de Maria na vida de Dom Bosco e do Instituto, recordando que, para o Santo fundador, não foi suficiente construir a Basílica de Turim, ele quis também oferecer a Maria Auxiliadora um monumento vivo: «Vós vos gloriais de serdes Filhas de Maria Auxiliadora; na verdade, vós não sois somente Filhas, sois também Irmãs, sois também Mães: por isso, em tudo deveis parecer-vos com Maria».

Na categoria “mãe”, Dom Hilário falou sobre as Bodas de Caná, evidenciando que as FMA são convidadas «a ter coração e olhos maternais para estar atentas às necessidades da juventude», compadecendo-se dos mais necessitados, usando de misericórdia com os que erram, amparando os que caem, socorrendo «as muitas misérias do nosso mundo».

Também fez referência ao XXIV Capítulo Geral das FMA, destacando o título do Documento capitular: “Com Maria, ser ‘presença’ que gera vida”. Disse: «com Maria e como Maria, vós sois convidadas a serdes Mães, a abrir o vosso coração aos cuidados próprios de uma mãe para com os próprios filhos. Jovens aos milhares vivem na orfandade e precisam de mãe! Sede vós suas Mães: nisto consiste a vossa missão».

Para Dom Hilário Moser, a melhor forma para celebrar os 150 anos do Instituto é: «Comprometer-vos a viver e a trabalhar como verdadeiras Filhas, Irmãs e Mães […] e fazer do futuro uma “história da salvação da juventude”. Na certeza de que também no futuro se haverá de proclamar: “Foi Maria quem tudo fez”». A homilia foi concluída com um augúrio: no futuro certamente «Maria continuará a caminhar pelas vossas casas, recomendando-vos: “Fazei tudo o que meu Filhos vos disser”».

Antes da conclusão da Eucaristia, a Inspetora Ir. Alaíde Deretti, dirigiu sua mensagem aos presentes, destacando que «celebrar 150 anos de história é olhar para trás, recordar o passado e fecundar a vida de gratidão! É olhar para o hoje do nosso tempo, abraçar o presente e confiar no horizonte! É olhar para frente, acolher a novidade e espalhar esperança! É olhar para o Alto, receber de graça a Graça divina e renovar nosso sim: “Eis-nos aqui!”. É escutar de Nossa Senhora aquele primeiro e sempre novo “A ti as confio” e, sob o seu manto – de Aparecida e de Auxiliadora – devolver a ela a vida e a essência das juventudes: “A ti as confio”.

Como já é tradição no Santuário, também nesta Celebração Eucarística foi recitada a Consagração a Nossa Senhora Aparecida. O Inspetor, Padre Justo Piccinini, ergueu a pequena imagem de Nossa Senhora, para torná-la bem mais visível, e todos os presentes acompanharam a Consagração feita por Dom Hilário Moser. Para as FMA, este foi o momento de consagrar a Nossa Senhora não só a vida e a missão da BAP, mas a vida e a missão de todo o Instituto, também de Madre Chiara Cazzuola e de seu Conselho.

A Celebração dos 150 anos no Santuário de Aparecida foi transmitida ao vivo pela TV Aparecida e por diversas redes sociais para que também as FMA que não puderam estar presentes, por causa das distâncias geográficas, pudessem unir-se em oração e em sintonia de pensamento a todo o Instituto.

Após a missa, as Irmãs deixaram a cidade de Aparecida e foram para Guaratinguetá, onde partilharam o almoço e puderam comemorar, na fraternidade, não só o Jubileu de fundação do Instituto, mas também os 130 anos da chegada das primeiras FMA no Colégio do Carmo, que é a primeira casa aberta no Brasil e na BAP.

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