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Inspetoras do Continente Americano realizam Exercícios Espirituais no Uruguai

De 23 a 30 de outubro, em Villa Colón, Montevidéu, Uruguai, foram realizados os Exercícios Espirituais para as 24 inspetoras das Américas, com a presença da Madre-geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), irmã Chiara Cazzuola

Os Exercícios Espirituais das inspetoras com a superiora geral são uma tradição de longa data, e cada vez são realizados em uma nação diferente. Desta vez, as inspetoras elegeram o Uruguai como ponto de encontro justamente por ser o local onde chegaram as FMA da primeira Expedição Missionária, enviada por Dom Bosco e Madre Mazzarello, em 1877.

Os Exercícios Espirituais foram organizados e orientados pela equipe do Projeto de Espiritualidade Missionária (PEM), formada por oito FMA e uma leiga das duas conferências interinspetoriais: CIB (Brasil) e CICSAL (Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile). Também marcou presença o Salesiano, padre Alejandro León, da Argentina, que brindou o grupo com os sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação.


O tema geral dos Exercícios Espirituais foi retirado do capítulo 15 do Evangelho de João: «Vão e produzam frutos».

A cada dia, as participantes tiveram a oportunidade de revisitar a história das origens do carisma na América do Sul e aprofundar a biografia das missionárias da primeira hora e outras que tão bem transformaram Villa Colón na “Mornese de América”.

Além disso, os Exercícios Espirituais geraram uma grande integração entre as inspetoras, pois cada conferência interinspetorial dinamizou vários momentos de partilha. Foram narradas as “histórias marianas” de cada nação, com a apresentação de um título de Nossa Senhora por país.

As Conferências Interinspetoriais também apresentaram a vida de uma missionária de cada nação, deram a tradicional “Boa Noite”, compartilhando uma experiência significativa e colaboraram com a liturgia do dia.

Momentos significativos

Todos os momentos foram significativos, mas há que se destacar o encontro com o quadro “milagroso” de Nossa Senhora Auxiliadora, que carrega nos braços o Menino que sorri. Este quadro chegou à América junto com as primeiras missionárias e foi abençoado por Dom Bosco.

Outra experiência significativa foi a visita aos ambientes da primeira casa onde viveram as missionárias chegadas em 1877, assim como a visita à segunda fundação do Uruguai, situada na cidade de Las Piedras, distante 30 km de Montevidéu. Também a Lectio Divina, com o tema “Presença que permanece”, orientada pela irmã Adriana Silva Castillo.

Um dia muito particular dos Exercícios Espirituais foi a peregrinação até a Ilha de Flores, situada no Rio da Prata. O grupo partiu de Montevidéu, pela manhã, em um navio da “Armada Nacional” (Marinha da República do Uruguai) e teve a possibilidade de experimentar um pouco do que viveram as Missionárias em 1877, quando – por causa da febre amarela – fizeram a quarentena na Ilha, antes de ingressar em Montevidéu. Naquela época, o navio em que viajavam fez escala no Rio de Janeiro, Brasil, que era duramente assolado pela doença. A quarentena da Expedição Missionária não durou mais do que quatro dias.

Mesmo sem desembarcar na Ilha de Flores, por questões de segurança, as inspetoras  contemplaram de dentro do navio da “Armada Nacional” a paisagem da Ilha, o famoso Farol que desde 1828 orienta os navegadores e a imagem de Maria Auxiliadora – em tamanho natural – que lá foi colocada em 2012 em memória da chegada das primeiras FMA na América do Sul.

Dias de graça

Irmã Carmelita Conceição, inspetora da Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia, de Manaus, assim se expressa após os Exercícios Espirituais: “gratidão à querida Madre Chiara, às irmãs da equipe do PEM e à Inspetoria Imaculada Conceição, do Uruguai, pela oportunidade de fazer essa experiência. Foram dias de graça, mergulho profundo nas fontes do carisma, na santidade, simplicidade e oferta vivida pelas pioneiras. Foi um presente neste ano centenário da nossa inspetoria”.

Já para irmã Alaíde Deretti, inspetora da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, de São Paulo, afirmou: “foram dias de muita riqueza da espiritualidade missionária vivida por nossas irmãs da primeira hora e que nos deixaram um legado fecundo, gerador de vida e salesianidade! A presença da Madre, com seu jeito de ser, fez-nos recordar a simplicidade mornesina e nos ajudou a ir ao essencial. A Auxiliadora com o Menino que sorri nos acolheu e nos acompanhou durante todo o tempo e sempre nos acompanha”.

“Fazer o percurso de nossas primeiras missionárias, respirar, tocar o chão regado pelo suor, doação e experiência de missão, fez-me sentir a presença de Madre Mazzarello. Sinto a confiança e responsabilidade de ser continuação da vitalidade do carisma, do “A ti as confio”, concluiu a irmã Adriana Gomes, inspetora da Inspetoria Maria Auxiliadora, de Recife, PE.

Por: Ir. Maike Loes

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